quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A CASA DAS MENTIRAS  
 


In)credulidades...


               2013-02-14 20:53:10
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Diz-se cada vez com maior insistência que no futebol e na disciplina associada (ou falta dela) que temos em Portugal, dificilmente haverão casos que nos possam surpreender. Isso começa a ser uma verdade insofismável e a cada caso, o adepto de futebol tem encolhido os ombros sorrindo com um esgar de desprezo às estapafúrdias decisões que os órgãos respectivos vão caprichando em tomar do alto de quem sabe que após as primeiras reacções, tudo volta a ser o que sempre foi, inventando-se logo mais um ‘caso’ para que se esqueça rapidamente o anterior.
Mas, com as pessoas mais atentas à realidade da golpada, nunca é tarde para arrepiarmos caminho para que haja tino e os responsáveis sejam obrigados a decidir sem recurso a omissões oportunas e a alçapões deixados a preceito. Exige-se que os legisladores sejam mais precisos, mais claros, em suma: mais coerentes com a filosofia de um Estado de Direito e com o conceito de justiça que nem sempre acontece mas é imprescindível que passe a existir. Por muito que encontre reacção adversas daqueles que contribuiram para esses buracos na lei para deles usufruirem nas suas acções inconfessáveis sempre que tal é preciso.
Volto a insistir que se a lei é igual para todos, não há nenhuma razão para que haja tratamentos diferenciados quando se analisa e decide diferentemente um processo com contornos rigorosamente idênticos. Volto a questionar o CD pela sua incoerência de julgamento e felizmente não estou sozinho nessa assumpção, pois a interpretação penalizante de Braga já não se aplicou no Dragão o que me leva à questão de perguntar como adepto e contribuinte líquido do futebol, se as omissões desculpabilizantes vagueiam ao sabor dos ventos, dos clubes ou ainda da cor e peso das camisolas. Por mais que sejam dadas explicações pelos senhores conselheiros.



Noutra vertente em que por coincidência também aparece o Braga, o mesmo Conselho em mais um dos seus delírios decisórios, puniu o Paços de Ferreira com a multa de 2.532€ «por comportamento incorrecto dos seus adeptos» no Estádio Axa. Tenho visto decisões bizarras mas esta ultrapassa de longe o admissível. Quer dizer; os adeptos pacenses devido à fúria incontrolada de membros de uma das claques bracarenses e com ameaça da sua integridade física tiveram que se refugiar no relvado devido à ausência de policiamento, e no fim como “prémio” o Paços acabou por ser penalizado. Quanto ao levantamento de um inquérito para apurar os incidentes e determinar os culpados que não será difícil serem identificados para as correspondentes sanções, nem uma simples “multinha”, nem uma simples palavra. Idem para o SC Braga…



Todas as pessoas que conhecem de perto o fenómeno do futebol (parece que com a excepção do Presidente da FPF Fernando Gomes), sabem que o que está a acontecer não surpreende. Também não é surpresa que o governo através do MAI do Ministro Miguel “Cigarra” Macedo e naturalmente do responsável pela Pasta de Desporto – Miguel Relvas, nunca deviam ter legislado no sentido de alterar o que estava estabelecido sobre as regras do policiamento. É de uma insensatez gritante terem entrado por aí, e os resultados estão à vista, com esta poupança descabida que coloca a integridade física e até a própria vida das pessoas em perigo, mas isso a começar pela Federação que apoiou entusiasticamente a medida passando pelo poder político, parece não constituir qualquer problema. Até um dia…
Nessa altura aparecerão as tiradas tonitruantes que todas essas personagens costumam avançar nas circunstâncias, lamentar-se-á, apelar-se-á à calma, enfim o costume. Mas será que estes insensíveis e  incompetentes não enxergam que o problema é muito mais sério do que pensam?

aqui: http://www.anti-benfica.com/__blog_artigo.php?id=6058


por karlos